sexta-feira, 30 de abril de 2010

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O clube dos anjos



Este livro, de Luiz Fernando Veríssimo, traz a estória do Clube do Picadinho, composto por dez amigos que estão juntos a vinte e um anos, que se reúnem uma vez por mês para experiências gastronômicas. Certo dia, um cozinheiro misterioso, com receitas incomparáveis aparece, trazendo à história pinceladas de suspense; mas, sem perder a o toque de humor, que sempre está presente nas obras do autor. Li, uma vez, que um júri formado por profissionais de bibliotecas de Nova York colocou este livro de Veríssimo na lista dos 25 melhores livros da Literatura Mundial. O autor faz referência a muitos pratos gourmet, servidos nos banquetes do Clube. Vou colocar aqui as receitas de dois deles: gigot d’agneau e marquise de chocolate.

Gigot d’agneau
Ingredientes:
1,5 kg de pernil de carneiro
4 dentes de alho fatiados
4 galhinhos de alecrim
1/4 de xícara de mel
1/4 de xícara de mostarda de dijon
1/2 copo de vinho branco seco

Modo de fazer:
Limpar o pernil e retirar a glândula (se não souber, peça ao açougueiro para limpar). Fazer incisões na superfície da carne e introduzir as fatias de alho e o alecrim.
Colocar o gigot (pernil de cordeiro) sobre uma grade dentro de uma assadeira, despejar um copo de água no fundo da assadeira.
Assar 40 minutos a 200°C.

Depois deste tempo pincelar a carne com uma mistura de mel e mostarda.
Deixar assar mais 10 minutos, até que a carne esteja cozida.
http://lamourdanslassiettebr.blogspot.com/2007/07/gigot-de-carneiro-com-alho-e-alecrim.html

Marquise de chocolate
Ingredientes:
250 grs. de Chocolate para Culinária
250 grs. de margarina de mesa
4 ovos
4 colheres de sopa de açúcar
2 colheres de chá de café solúvel
1 pitada de sal

Para o molho:
1 colher de chá de maizena
2 colheres de (sopa) bem cheias de açúcar
3 gemas
1 chávena de leite
1/2 chávena de café forte

Modo de fazer:
Num tacho, leve a derreter em banho-maria o chocolate partido em pedacinhos e, quando estiver quase mole, junte a margarina, deixe derreter completamente, retire do lume, e passe para uma tigela e mexa com as varas de arame; junte as gemas e bata muito bem.
Dissolva o café solúvel com 0,5dl de leite quente, deite no preparado e volte a bater muito bem.
Bata as claras em castelo com a pitada de sal, e misture aos poucos, as quatro colheres de açúcar sem parar de bater; quando estiverem bem firmes misture-as ao preparado com cuidado sem bater, até tudo estar bem ligado.
Deite numa forma previamente molhada e guarde no frigorífico de um dia para o outro.
No próprio dia prepare o molho.
Num tacho, misture o açúcar com a maizena, junte-lhe depois as gemas, mexa muito bem e adicione o leite aos poucos e o café; leve ao lume sem parar de mexer com a colher de pau e, quando levantar fervura ou borbulhar, retire imediatamente do lume mude-o de recipiente e deixe arrefecer.
Quando a mousse estiver rija, aqueça a forma mergulhando-a rapidamente em água quente, desenforme e guarde no frigorífico até ao momento de servir.
Depois regue com o molho e decore com raspas de chocolate e sirva.
http://pt.petitchef.com/receitas/marquise-de-chocolate-fid-142827




terça-feira, 27 de abril de 2010

Opinião pessoal...

Sou a favor:
Da paz; da união; de uma sociedade mais justa; das diferenças entre as pessoas vividas de maneira cordial e respeitosa; do amor ao próximo. Pois no mundo, não existem negros, amarelos, indios e nem brancos...EXISTEM HUMANOS!

domingo, 25 de abril de 2010

Clube das Chocólatras


Chocolate.Uma simples palavra. Será? Não para a protagonista Lucy e suas amigas, Autumm, Nadia e Chantal, freqüentadoras assíduas do Paraíso do Chocolate.  Com a ajuda de muito mas muito chocolate, enfrentam problemas difíceis no cotidiano: um marido viciado em jogo, um namorado galinha, um chefe paquerador, um casamento sem amor... Para Lucy, a personagem principal deste divertido livro, escrito por Carole Matthews ,chocolate cura dor de cabeça e define o perfil psicológico de uma pessoa. Afinal, existe algo melhor para aliviar tensões, curar corações partidos, do que chocolate? Leve, divertido, ri e chorei.  Lido, adoça o nosso dia, pois, de amarga, já basta a vida, não é mesmo? Viva o chocolate!
Trufas de chocolate
Ingredientes
 1 kg ou 5 tabletes de chocolate meio amargo
 1/2 lata de creme de leite, sem o soro
 1/2 tablete de manteiga (100 g)
 3 colheres de sopa de conhaque
 1 xícara de chá de chocolate em pó
Modo de fazerDerreta 500 g do chocolate em banho-maria, ou no microondas. Junte o creme de leite e  mexa bem. Adicione a manteiga, em temperatura ambiente, e o conhaque.
Misture muito bem e leve à geladeira por 24 horas. Retire da geladeira, faça bolinhas e volte à geladeira por mais 1 hora. Derreta o resto do chocolate em banho-maria, ou no microondas, e deixe amornar. Mergulhe as bolinhas de trufas no chocolate derretido, passe no chocolate em pó e leve para gelar por mais uma hora.
  Esse post é dedicado à amiga Crica, chocólatra assumidíssima! Desejo uma semana doce pra vocês!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dia Mundial do Livro

O Dia Mundial do Livro acontece nesta sexta-feira (23). A data é uma homenagem ao escritor espanhol Miguel de Cervantes, autor de Dom Quixote de La Mancha, e ao escritor inglês Willian Shakespeare, criador de várias obras, como Romeu e Julieta. Os dois morreram no dia 23 de abril de 1616.
Sei que não posso mudar o mundo, mas, se em minha jornada puder influenciar uma pessoa sobre a importância do saber, como a alma pode se elevar através de um livro, ficarei satisfeita.


quarta-feira, 21 de abril de 2010

Tieta do Agreste


Tieta fala de uma mulher que foi expulsa na adolescência e volta, 26 anos mais tarde, rica e poderosa. O tema da volta é clássico: está na Bíblia, em Shakespeare, e está sempre ligado a um desejo de vingança, a um acerto de contas. Para os parentes e amigos de Tieta, ela enriqueceu no Sul ao se casar com um industrial e comendador. Paulatinamente, o narrador vai plantando dúvidas no leitor, o descrédito, até revelar o segredo da protagonista: ela se prostituíra e virara cafetina em São Paulo, razão de sua riqueza e trânsito livre entre os poderosos. Nesse acerto de contas com o passado, ela acaba se envolvendo na disputa acirrada em torno do futuro de Agreste. Divertido e sensual, é um livro que mostra Jorge Amado em seu amadurecimento literário, e até hoje causa impacto ao leitor. Jorge  imortalizou o maturi em Tieta do Agreste, numa famosa receita baiana de camarões secos com maturi numa frigideira. O maturi é a castanha de caju ainda verde, tenra e volumosa.
Frigideira de maturi
Ingredientes:
1 kg de maturi
1 punhado de camarão seco
1 cebola média
1 tomate grande
1 pimentão pequeno
1/2 de leite de coco grosso
1 colher de sobremesa de azeite de oliva
5 ovos
Modo de fazer:
Corte o maturi bem miudinho, os temperos, também. Coloque tudo em uma panela, com pouca água, e leve ao fogo para ferver até secar; quando seco, coloque em travessa. Bata os ovos, cubra o refogado de maturi e leve ao forno, para dourar.
Gostoso, de sabor único, é um prato para ser saboreado em um dia ensolarado, bem preguiçoso... Saboreie Jorge Amado, você vai adorar...




terça-feira, 20 de abril de 2010

Motivações

Estava conversando com uma amiga, e ela soltou esta pergunta: -“ O que te motivou a escrever este blog?”. Lhe respondi, e então ela sugeriu que virasse um post, até porque alguém gostaria de perguntar e não o fez por achar invasivo, etc.Minha resposta:

“ Minha irmã mais velha (sou a caçula) era professora e tinha verdadeira paixão por livros. Ela conseguiu transmitir o vírus literário para mim. Aos sábados, o programa da manhã era ir ao sebo, ou à biblioteca... nossa, como é bom o cheiro da biblioteca, trocar os livros já lidos por outros no sebo, trocar idéias com a atendente. Herdei dela a mesma mania de ao ler o livro, e , à menção de um prato ou receita, não sossegar até fazer! Comemos muito Eça de Queirós, Jorge Amado, Proust... Ganhei de um lado, perdi de outro. Vai ser uma criança e adolescente que fala norma culta, sem gírias, sem palavrões... isso mesmo, vira um zero social! Mas, os amigos que tenho, conto em uma mão só, e ainda sobram dedos... Além deles, os meus melhores companheiros sempre foram os livros e seus autores... Mark Twain (As aventuras de Tom Sawyer), Malba Tahan (O homem que calculava, Contos e lendas orientais), entre outros, povoavam a minha mente e coração. Livros que se desgastaram muito, de tanto que li e reli...e foram parar no sebo, para ser doado, já que aprendi com ela o valor de compartilhar conhecimento...acho que ela gostaria de ver que venci a timidez e “saí da casca”. Então, escrevo para exorcizar a saudade, e, toda vez que leio um livro, comento sobre o mesmo e faço a receita, é para relembrar o que fazíamos (não tem um dia que não lembre dela), é parte do que sou; e não me canso de maravilhar-me ao saber que tem pessoas que tem lido e achado legal...não esperava que alguém pudesse gostar do blog, mas tem, nossa, é muito bom mesmo...” Então é isso.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O Primo Basílio

Neste “episódio doméstico”, classificação do próprio Eça de Queiroz, pretende mostrar a decadência da família burguesa, cujos valores são atacados pelos escritores realistas. Luísa, Basílio e Jorge são as peças do questionamento do casamento, que ocorre através do adultério, e constituem-se nos principais personagens da história. O foco narrativo aparece em terceira pessoa, e revela um narrador onisciente. Percebemos sua postura irônica, crítica, reforçando defeitos e vícios de certos personagens, o que não permite que seja imparcial. O tempo é cronológico, com uma sequência praticamente linear. Surgem quebras, quando Luísa recorda o passado, passando pelo namoro com Basílio e o casamento com Jorge, ou quando o passado de Juliana é revelado pelo narrador aos leitores, a fim de que estes possam compreender melhor a revolta dela.
O espaço está concentrado em Lisboa. Os males que desagregam a sociedade são mostrados no romance. Surgem a decadência moral, a ociosidade, o relacionamento de superfície, o uso das aparências e das convenções, o tédio disfarçado pela aventura, os abusos da sexualidade, a hipocrisia, e assim por diante.Eça de Queirós, um dos autores de minha juventude, também amante da gastronomia, costumava escrever com riquezas de detalhes refeições gourmet, relatadas em sua obra.Vamos à mesa do Conselheiro, provar alguns de seus pratos.

Ovos Queimados


Ingredientes:

200g de açúcar refinado
6 ovos ligeiramente batidos
1 litro de água
Canela em pó e essência de baunilha a gosto

Modo de preparo:
Numa panela, derreta o açúcar até o ponto de caramelo, sem queimar. Adicione a água e deixe que o açúcar derreta novamente até virar uma calda; Acrescente a essência de baunilha e a canela em pó a gosto. Despeje os ovos batidos de uma só vez e deixe cozinhar sem mexer, até que todo o ovo esteja firme. Depois, mexa vigorosamente para que o ovo se quebre e fique envolvido com a calda. Pode ser servido com sorvete de creme.

Não existe uma receita de cozido única, no livro Eça diz “o cozido”. Vou colocar uma receita tradicional da região da qual meu avô nasceu e foi criado.

Cozido à moda de Viseu


Ingredientes:
• 1/2 galinha
• 500 g de carne de vaca de cozer(músculo,peito)
• 500 g de entrecosto
• macarrão à provençal q.b.
• 1 chouriço de carne
• 200 g de toucinho entremeado
• 300 g de grão
• 1 kg de batatas
• 4 cenouras
• 2 couves portuguesas
• sal
• cominhos
• azeite (facultativo)


Modo de preparar:
Deixe o grão de molho de véspera. Coza em água abundante temperada com sal juntamente com a carne de vaca.
Quando o grão começar a ficar macio, junte o toucinho, o chouriço, o entrecosto e a galinha, e deixe cozer. Retire todas as carnes e introduza as batatas descascadas e cortadas em cubinhos, as cenouras em rodelas e a couve esfarrapada.
Alguns minutos depois dos legumes começarem a cozer junte a massa e rectifique o tempero.
Entretanto, corte as carnes em bocados e volte a introduzir na panela.
O cozido deve ficar com bastante caldo, pelo que se deve juntar mais água sempre que for necessário.
Sirva polvilhado com cominhos e pode também adicionar um pouco de azeite (facultativo).

Leia o livro, viaje com mente, traga alegria aos sentidos, faça a receita. Carpe Diem!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Afrodite

O livro Afrodite, de Isabel Allende, mistura gastronomia e erotismo, em que limites entre amor e apetite são difusos. Segundo Isabel, o sabor e o paladar da comida associam-se à sexualidade. Um jantar apetitoso começa com uma sopa suave, passa pela entrada, culmina com o prato principal e finaliza com a sobremesa. Esse processo é comparado ao de fazer amor, que começa com insinuações, com jogos eróticos saboreados lentamente, e alcançando o clímax e, por fim, deslizando em um afável repouso. Este livro reúne muitas receitas, leia-o, alimente-se, aguce seus sentidos, e ame...
Obs: fiquei temerosa de aprofundar-me no comentário, e parecer imoral. Este livro é um dos mais intensos que já li.

Cocido de orgías (receita do livro)


Ingredientes:
6 litros de água
1/2 galinha
1 osso bovino
150 gr de gordura intramuscular
200 gr de orelha e nariz de porco
1 pé de porco
1 osso de presunto
1 nabo
1 cenoura
1 aipo
2 alhos franceses
1 frango
1/2 kg de costela de carne
400 gr de pernil de vitela
500 gr de batatas
1 repolho verde
1/4 kg de linguiça negra
200 gr de grão de bico
sal
Para bolotas
500 gr de carne de porco magra
1 ovo
1 dente de alho
2 colheres de sopa de migalhas de pão embebidas em leite
1 punhado de salsa picada
1 colher de sopa de farinha


Modo de fazer:
Em uma panela grande,que possa acomodar pelo menos dez litros, ferva a água, a galinha, o osso bovino,o bacon, a orelha, o nariz, o pé de porco, o osso de presunto e os legumes, e o grão de bico também(deve ter sido deixado de molho para retirar as peles) não esquecer de colocar sal, é claro.
Cozinhe por uma hora. Isso é tempo mais do que suficiente para preparar as bolotas.
Pode ser feita só com carne de porco, ou uma mistura de três partes de porco para uma de vitela. Misture todos os ingredientes das bolotas, menos a farinha, e faça bolinhas, e passe pela farinha.
Quando o caldo tiver fervido por pelo menos uma hora, acrescentar o frango e as bolotas e cozinhar por mais meia hora, até que a carne cozinhe e toda a casa cheire a paraíso. Separe as carnes em uma travessa, os legumes em uma tigela, regando tudo com um pouco de caldo, e servir o caldo, coado em uma tigela aquecida. Mas arrume tudo, para que não pareça que tem um acidente à mesa.

Depois desta obra-prima, termino com Isabel Allende: "apetite e sexo são os grandes motores da história, preservam e propagam a espécie, provocam guerras e canções, influenciam religiões, lei e arte. Gula e luxúria, que tantas loucuras nos fazem cometer, têm a mesma origem: o instinto de sobevivência."

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Visitas...

Fico feliz em que pessoas estão dando uma passada por aqui...mas, não deixam o seu comentário...um blog vive dele, se alimenta dele, faça um comentário, deixe sua presença...Obrigado!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Gabriela cravo e canela


Neste livro  Jorge Amado conta a história de Nacib , um “brasileiro, nascido na Síria, que se sentia estrangeiro ante qualquer prato não baiano, à exceção de quibe”. Dono do bar Vesúvio, procurava “uma boa cozinheira que entendesse de temperos e de pontos de doces”. “Sabe cozinhar ?”, perguntou à moça, recém-chegada do sertão. “O moço me leva e vai ver”, respondeu. E foi assim que, na cozinha humilde, Gabriela fabricava riquezas: acarajés de cobre, abarás de prata, o mistério de ouro do vatapá”. Mais bolinhos (de bacalhau e de carne), carne-seca, caruru, efó, feijoada, frigideira (de bacalhau, camarão, siri-mole), galinha de cabidela (o primeiro almoço que preparou para Nacib), molhos de pimenta, moqueca de peixe, sarapatel. Mais banana frita, batata-doce cozida, beiju de tapioca, bolo (de tapioca, de aipim, de milho), cuscuz (de milho, de puba), doce de banana de rodinha, macaxeira cozida, mingau de puba, inhame e milho cozido. O resto da história todo mundo conhece. Nacib se apaixonou e fez “o casamento mais animado de Ilhéus” – com ele de azul-marinho, e ela de azul celeste. Depois traiu o marido e foi embora. Só que o pobre sírio “não sabia mais viver sem o almoço e o jantar de Gabriela”. Razão por que aquela morena, com “o cheiro de cravo e a cor de canela”, voltou para ser sua cozinheira e sua amante. Venha, vamos  ao bar Vesúvio, provar  as delícias de Gabriela...

Galinha de cabidela
Ingredientes:
1 galinha de capoeira ("caipira") gorda,
1 cebola picada,
1 colher de sopa de coentro e cebolinho bem picados,
1 colher de banha, outra de manteiga, sal a gosto.
Preparo:
Sangre a galinha e apare o sangue num prato fundo com 2 colheres de sopa de vinagre, sempre batendo com um garfo. Cozinhe a galinha aos pedaços e, quase na hora de servir ponha o sangue e mexa bem para não talhar. A galinha deve ser cozida com pouca água e com todos os temperos.

Acarajé
Ingredientes:Deixe de molho de um dia para o outro em bastante água: 2 xícaras cheias de feijão macassa (ou fradinho)
1 colher de chá de sal
1 dente de alho socado

Modo de fazer:Escorra bem o feijão guardando a água para uso futuro. Embrulhe o feijão num pano de prato e esfregue vigorosamente para remover as peles. Cate bem e retire todas as peles.
Coloque metade do feijão no copo do liqüidificador e junte: 1 xícara do líquido reservado 2 dentes de alho picados 1 1/2 colher de chá de sal 1 colher de chá de molho forte de pimenta (opcional) 1/2 colher de chá de pimenta do reino (black pepper) 1 colher de chá de pó fermento em pó Bata bem o feijão ate formar uma massa homogênea. Repita este passo com o restante do feijão juntando uma xícara do líquido reservado mas omitindo os temperos. Misture as duas partes da massa e ponha de lado para descansar pelo menos meia hora.(4) Bata um pouco a massa. Vá colocando as colheradas da massa em bastante óleo fervendo onde se juntou 2 colheres de sopa de azeite de dendê. Retire os bolinhos com a escumadeira quando estiverem fritos e dourados. Deixe escorrer em papel absorvente e mantenha-os quentes no forno.
Para servir os bolinhos parta cada um ao meio sem separar as partes. Coloque molho forte de pimenta dentro e camarões cozidos (ou vatapá, como se faz na Bahia).
O truque do acarajé é ficar sempre batendo a massa enquanto os outros estão fritando (a massa começa a ficar aguada quando estacionada).

Efó
Ingredientes:
4 xícaras de língua de vaca aferventada
2 xícaras de camarões defumados  descascados
1 xícara de castanha de caju e amendoim
2 cebolas grandes
1 xícara pequena de azeite de dendê
1 xícara de leite de coco
sal, pimenta e gengibre à vontade
Modo de preparo
Estenda, numa peneira, as folhas de língua de vaca aferventadas,cortando com uma faca até ficar uniforme. Esprema as folhas, deixando-as bem abertas para evaporar toda a água. A massa obtida, uma vez seca, é refogada com camarão seco, pimenta, cebola e sal. Leve para cozinhar no azeite de dendê. Cozinhe com a panela tampada, acrescentando, ao final, o leite de coco.

São alguns dos sabores dessa Bahia de todos os Santos, alguns milagres, superstições muitas, virtudes tantas e quase todos os pecados.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Julie & Julia 365 dias, 524 receitas e uma cozinha apertada


Julie Powell era uma funcionária pública, que, à beira de completar 30 anos, sofria com um emprego ruim e as pressões familiares para que tivesse um filho. Morando em uma quitinete no subúrbio nova-iorquino de Queens, Julie decidiu mergulhar em um desafio pessoal capaz de distraí-la da falta de melhores perspectivas. Foi aí que, em 25 de agosto de 2002, deu início ao Julie & Julia: um blog no qual passou a relatar seu objetivo de cozinhar em 365 dias todas as 524 receitas do livro “Dominando a Arte da Cozinha Francesa”, publicado em 1961 por Julia Child, uma espécie de nossa saudosa Ofélia americana - a mais famosa cozinheira dos Estados Unidos, que durante anos apresentou um programa de TV, chegando a ser capa da revista Time, em 1966.Julie Powell não apenas completou seu desafio pessoal como fez com que seu blog, que nos primeiros meses não recebia um comentário sequer, se tornasse conhecido a ponto de virar um livro e best-seller na lista do New York Times, mudando totalmente a sua vida.Um blog que virou livro que virou filme, é delicioso! Não recomendo ler o livro/ver o filme com fome, tem pratos de dar salivação imediata! Por falar nisso, que bolo é esse, Rainha de Sabá? Particularmente, não gosto muito de doces, mas este aqui...é de enlouquecer os sentidos!
Vamos à receita!!
Rainha de Sabá
 Para o bolo:
115g de chocolate com cerca de 50% de cacau
2 colheres de sopa de café quente
115g de manteiga sem sal
135g de açúcar
3 gemas
3 claras
1 pitada de sal
1 colher de sopa de açúcar
85g de amendoas raladas finamente
65g de farinha de trigo
Para o creme:
57g de chocolate com cerca de 65% de cacau
75g de manteiga
2 colheres de sopa de café quente
Modo de fazer:
Aquece-se o forno a 175º e unta-se com manteiga e polvilha-se com farinha uma forma de 20cm de diâmetro.Prepara-se um banho maria, colocando o tacho maior com água a ferver. Parte-se o chocolate em pedaços pequenos para o tacho mais pequeno e junta-se-lhe o café. Assim que a água começar a ferver coloca-se o tacho com chocolate sobre esta, tapa-se e deixa-se a derreter enquento se prepara o bolo.Numa taça junta-se a manteiga e o açúcar e bate-se com a batedeira até que a mistura fique cremosa. Juntam-se então as gemas uma a uma batendo sempre.Numa outra taça batem-se as claras em castelo com o sal e a colher de sopa de açúcar, até ficarem firmes.Retira-se o chocolate do banho maria, mexe-se e junta-se à mistura das gemas. Adiciona-se a amêndoa, incorporando bem todos os ingredientes. Junta-se depois parte das claras alternadamente com a farinha peneirada, até ambos os ingredientes acabarem.Deita-se a massa na forma e puxa-se para fora do centro, para que quando o bolo cresça fique nivelado. Leva-se ao forno durante 25 minutos ou até que a borda esteja cozida e o centro esteja ligeiramente cru (a parte menos cozida deve ficar com cerca de 6cm de diâmetro).Retira-se o bolo do forno e deixa-se repousar na forma por cerca de 10 minutos. Coloca-se depois numa grade para que arrefeça totalmente (durante 1 ou 2 horas).Para cobrir o bolo este já deve estar totalmente frio, por isso a cobertura é preparada só findo o tempo de arrefecimento.Prepara-se um banho maria colocando o tacho maior com água a ferver. Coloca-se o chocolate em pedaços pequenos no tacho pequeno, juntamente com o café, e deixa-se repousar sobre a água com o lume já apagado. Ao fim de 1 ou 2 minutos retira-se o tacho do lume e mexe-se o chocolate. Junta-se a manteiga e mistura-se bem. Deixa-se arrefecer a mistura mexendo de vez em quando, até que o creme ganhe consistência para barrar. Em alternativa pode colocar-se o creme sobre uma taça com gelo para que o processo seja mais rápido, mas neste caso este tem que ser mexido constantemente.Cobre-se o bolo com o creme e decora-se com amêndoas a gosto.Ingredientes para um bolo de 20cm de diâmetro. Serve 8 a 10 pessoas.
Receita adaptada do livro Mastering the Art of French Cooking, de Julia Child, Simone Beck & Louisette Bertholle. Reine de Saba avec Glaçage au Chocolat.
Fonte: http://pt.petitchef.com