Neste livro Jorge Amado conta a história de Nacib , um “brasileiro, nascido na Síria, que se sentia estrangeiro ante qualquer prato não baiano, à exceção de quibe”. Dono do bar Vesúvio, procurava “uma boa cozinheira que entendesse de temperos e de pontos de doces”. “Sabe cozinhar ?”, perguntou à moça, recém-chegada do sertão. “O moço me leva e vai ver”, respondeu. E foi assim que, na cozinha humilde, Gabriela fabricava riquezas: acarajés de cobre, abarás de prata, o mistério de ouro do vatapá”. Mais bolinhos (de bacalhau e de carne), carne-seca, caruru, efó, feijoada, frigideira (de bacalhau, camarão, siri-mole), galinha de cabidela (o primeiro almoço que preparou para Nacib), molhos de pimenta, moqueca de peixe, sarapatel. Mais banana frita, batata-doce cozida, beiju de tapioca, bolo (de tapioca, de aipim, de milho), cuscuz (de milho, de puba), doce de banana de rodinha, macaxeira cozida, mingau de puba, inhame e milho cozido. O resto da história todo mundo conhece. Nacib se apaixonou e fez “o casamento mais animado de Ilhéus” – com ele de azul-marinho, e ela de azul celeste. Depois traiu o marido e foi embora. Só que o pobre sírio “não sabia mais viver sem o almoço e o jantar de Gabriela”. Razão por que aquela morena, com “o cheiro de cravo e a cor de canela”, voltou para ser sua cozinheira e sua amante. Venha, vamos ao bar Vesúvio, provar as delícias de Gabriela...
Galinha de cabidela
Ingredientes:
1 galinha de capoeira ("caipira") gorda,
1 cebola picada,
1 colher de sopa de coentro e cebolinho bem picados,
1 colher de banha, outra de manteiga, sal a gosto.
1 cebola picada,
1 colher de sopa de coentro e cebolinho bem picados,
1 colher de banha, outra de manteiga, sal a gosto.
Preparo:
Sangre a galinha e apare o sangue num prato fundo com 2 colheres de sopa de vinagre, sempre batendo com um garfo. Cozinhe a galinha aos pedaços e, quase na hora de servir ponha o sangue e mexa bem para não talhar. A galinha deve ser cozida com pouca água e com todos os temperos.
Acarajé
Ingredientes:Deixe de molho de um dia para o outro em bastante água: 2 xícaras cheias de feijão macassa (ou fradinho)
1 colher de chá de sal
1 dente de alho socado
Modo de fazer:Escorra bem o feijão guardando a água para uso futuro. Embrulhe o feijão num pano de prato e esfregue vigorosamente para remover as peles. Cate bem e retire todas as peles.
Coloque metade do feijão no copo do liqüidificador e junte: 1 xícara do líquido reservado 2 dentes de alho picados 1 1/2 colher de chá de sal 1 colher de chá de molho forte de pimenta (opcional) 1/2 colher de chá de pimenta do reino (black pepper) 1 colher de chá de pó fermento em pó Bata bem o feijão ate formar uma massa homogênea. Repita este passo com o restante do feijão juntando uma xícara do líquido reservado mas omitindo os temperos. Misture as duas partes da massa e ponha de lado para descansar pelo menos meia hora.(4) Bata um pouco a massa. Vá colocando as colheradas da massa em bastante óleo fervendo onde se juntou 2 colheres de sopa de azeite de dendê. Retire os bolinhos com a escumadeira quando estiverem fritos e dourados. Deixe escorrer em papel absorvente e mantenha-os quentes no forno.
Para servir os bolinhos parta cada um ao meio sem separar as partes. Coloque molho forte de pimenta dentro e camarões cozidos (ou vatapá, como se faz na Bahia).
O truque do acarajé é ficar sempre batendo a massa enquanto os outros estão fritando (a massa começa a ficar aguada quando estacionada).
1 colher de chá de sal
1 dente de alho socado
Modo de fazer:Escorra bem o feijão guardando a água para uso futuro. Embrulhe o feijão num pano de prato e esfregue vigorosamente para remover as peles. Cate bem e retire todas as peles.
Coloque metade do feijão no copo do liqüidificador e junte: 1 xícara do líquido reservado 2 dentes de alho picados 1 1/2 colher de chá de sal 1 colher de chá de molho forte de pimenta (opcional) 1/2 colher de chá de pimenta do reino (black pepper) 1 colher de chá de pó fermento em pó Bata bem o feijão ate formar uma massa homogênea. Repita este passo com o restante do feijão juntando uma xícara do líquido reservado mas omitindo os temperos. Misture as duas partes da massa e ponha de lado para descansar pelo menos meia hora.(4) Bata um pouco a massa. Vá colocando as colheradas da massa em bastante óleo fervendo onde se juntou 2 colheres de sopa de azeite de dendê. Retire os bolinhos com a escumadeira quando estiverem fritos e dourados. Deixe escorrer em papel absorvente e mantenha-os quentes no forno.
Para servir os bolinhos parta cada um ao meio sem separar as partes. Coloque molho forte de pimenta dentro e camarões cozidos (ou vatapá, como se faz na Bahia).
O truque do acarajé é ficar sempre batendo a massa enquanto os outros estão fritando (a massa começa a ficar aguada quando estacionada).
Efó
Ingredientes:
4 xícaras de língua de vaca aferventada
2 xícaras de camarões defumados descascados
1 xícara de castanha de caju e amendoim
2 cebolas grandes
1 xícara pequena de azeite de dendê
1 xícara de leite de coco
sal, pimenta e gengibre à vontade
4 xícaras de língua de vaca aferventada
2 xícaras de camarões defumados descascados
1 xícara de castanha de caju e amendoim
2 cebolas grandes
1 xícara pequena de azeite de dendê
1 xícara de leite de coco
sal, pimenta e gengibre à vontade
Modo de preparo
Estenda, numa peneira, as folhas de língua de vaca aferventadas,cortando com uma faca até ficar uniforme. Esprema as folhas, deixando-as bem abertas para evaporar toda a água. A massa obtida, uma vez seca, é refogada com camarão seco, pimenta, cebola e sal. Leve para cozinhar no azeite de dendê. Cozinhe com a panela tampada, acrescentando, ao final, o leite de coco.
São alguns dos sabores dessa Bahia de todos os Santos, alguns milagres, superstições muitas, virtudes tantas e quase todos os pecados.
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