sábado, 29 de maio de 2010

O príncipe maldito


 
Um romance de fatos reais, a vida de Pedro Augusto de Saxe e Coburgo, o príncipe que sonhou ser D. Pedro III.  A historiadora Mary Del Priori revela a fascinante e triste história do filho primogênito da princesa Leopoldina, escolhido para suceder o avô, D. Pedro II, último imperador do Brasil, se a Proclamação da República não houvesse alterado o quadro político e histórico do Brasil. Alto, louro e de olhos azuis, semelhante ao avô, com quem Pedro Augusto se ligou, por laços de afeto e interesses comuns. Até os 11 anos, foi tratado como futuro herdeiro. Mas eis que nasce o príncipe do Grão Pará, filho de sua tia Princesa Isabel, a primeira na linha de sucessão ao trono. A sucessão estava garantida... Mas, iniciava-se a tragédia pessoal de Pedro Augusto, personagem interessante e obscuro, revelado neste livro pela historiadora Mary Del Priori. Um conto de fadas ao contrário, como define no texto de orelha do livro o jornalista e escritor Eduardo Bueno, autor dos quatro volumes da coleção de história Terra Brasilis:
"Neste O Príncipe Maldito, os últimos dias do Império brasileiro e o amanhecer incerto da República desfilam na tela grande: há corpos nus, salões empoeirados, militares vacilantes que conspiram, jornalistas inflamados, nobres que arrotam, princesas que menstruam. Dá quase para sentir o cheiro do ralo enquanto o elenco de carne e osso vai construindo uma história viva, volátil, vibrante. A nossa história (...). Aqui está, de corpo inteiro e alma aberta, um 'romance de não-ficção': a vida sem obras de Pedro Augusto de Saxe e Coburgo – o príncipe que sonhou ser D. Pedro III, mas virou sapo quando o Império das circunstâncias cedeu lugar à República dos fatos." Um livro que vale à pena ser lido.
 
“O menu rigorosamente francês teve como primeiro prato sopas: o creme dePluvier ou consommé à l’impériale. Passava-se ao peixe com molho de manteiga de enchovas e pombo à Pompadour. A seguir, eram servidas peças frias: uma galantine de peixe e uma terrina de foie gras com gelatina em Bellevue. O prato principal era um faisão com trufas acompanhado de couve-flor na manteiga e pudim de endívias. As sobremesas: geléia de abacaxi e parfait de baunilha. Tudo regado a madeira, xerez, sauternes, vinhos do Reno, um magnífico vinho da região de Bordeaux, o Chateau Margaux, além de champanhe Roederer, Muscat, Tokay e velhos portos a rodo.”( O Príncipe Maldito, Mary Del Priori, pág 167).
Galantine de peixe
Ingredientes       
250 grs de peixe em filé cortado em cubos, uma batata grandecozida, 2 talos de salsão, uma cebola, um pacote de gelatina incolor, 2 colheres de sopa de suco de limão, uma lata de jardineira de legumes escorrida, 4 colheres de sopa de maionese, uma colher de chá de mostarda, 3 colheres de sopa de azeite, três ovos cozidos, salsa, cebolinha, azeite, sal e pimenta à gosto.

Modo de preparo:
Cozinhe o peixe em água fervente com meio talo de salsão, a cebola, as ervas, o sal e a pimenta, até que fique macio, mas sem desmanchar. Escorra, deixe esfriar. Coe o caldo do cozimento e reserve. Prepare a gelatina conforme as instruções da embalagem, porém substitua pelo caldo reservado. Adicione o suco de limão e leve a gelatina à geladeira até o ponto de clara. Ponha 6 refratários individuais no freezer.Misture o peixe com os legumes, a batata amassada e acrencente o salsão restante picado, a maionese, a mostarda, o azeite, o sal e a pimenta. Retire as formas do freezer e disponha em cada uma, metade de ovo cozido. Cubra com um pouco de gelatina e retorne à geladeira por 15 minutos. Faça uma camada com o peixe. Cubra com mais gelatina e leve à geladeira por mais 15 minutos. Repita as camadas até terminaros ingredientes e finalize com a gelatina. Leve à geladeira por três horas. Desenforme e decore com salada.


 

sábado, 22 de maio de 2010

Zorro - começa a lenda

Isabel Allende mais uma vez nos presenteia com um livro estupendo: Zorro - começa a lenda. Uma aventura encantadora, em que a autora mostra a pessoa do cavaleiro mascarado, e com sensibilidade e ironia, cria um personagem melhor que a própria lenda... A lenda do Zorro, uma narrativa de uma vida incrível em tempos excepcionais : a vida de Diego de La Vega... sem a sua máscara. Zorro, um quadro pintado com personagens de carne e osso, com virtudes e defeitos. Isabel Allende nos mostra a vida simples em uma missão espanhola do início do século XIX, a agitação de uma Barcelona ocupada pelas tropas de Napoleão na Guerra da Independência; rituais de iniciação de tribos indígenas e os mistérios para se adentrar em uma sociedade secreta européia... Zorro - começa a lenda , uma aventura narrada com maestria por Isabel Allende, é uma aventura “como as de antigamente”.

" O jantar consistiu em sopa de cogumelos, um suculento prato de mar e montanha, em que o peixe rivalizava com a carne, saladas, queijos e para finalizar creme catalão, tudo regado com um tinto das vinhas da família."(Zorro- começa a lenda, Isabel Allende, pág 90)

Creme Catalão

Ingredientes:
1 lt de leite
casca de 1 limão
2 pauzinhos de canela
8 gemas
200 gr de açúcar

Modo de fazer:

Ferva o leite com a casca de limão e a canela. Esfrie e passe por uma peneira. Bata as gemas com o açúcar e junte um pouco de leite. Acrescente as gemas ao leite restante e cozinhe em fogo brando. Quando o leite recomeçar a ferver tire do fogo e mexa vigorosamente até engrossar. Coloque nas tigelas e reserve na geladeira. Na hora de servir, polvilhe com açúcar e caramelize. Sirva imediatamente.

http://panela-velha.blogspot.com/2008/03/crema-catalana-receita-catal.html

terça-feira, 18 de maio de 2010

Objetivos do blog...

Já escrevi minhas motivações pessoais anteriormente em relação a este blog...vou acrescentar que aqui é um espaço para troca de conhecimento, idéias, de forma sadia e respeitosa. Temas como pornografia, prostituição infantil, abuso infantil, palavrões, aqui não é lugar para isso,não gosto dessas coisas,combato mesmo, e este espaço não é e não será para tais temas. "Diga-me com quem andas, e eu te direi quem és", já dizia a minha avó...Eu escolho com quem andar, e me reservo o direito de moderar e até bloquear pessoas que usam imagens ou palavras que ofendam ou denigram outros. Temos de saber viver em liberdade...
Luciana

sábado, 15 de maio de 2010

Como Água para Chocolate


 
Laura Esquivel, através de seu livro Como água para chocolate,  mostra-nos um México  rural, dos princípios do século XX. Tita e Pedro, apaixonados, não podem casar-se devido à uma tradição familiar. Pedro então, casa-se com Rosaura, irmã de Tita...Pode-se ,então, imaginar toda a tristeza de Tita, que convivendo com seu cunhado e irmã, não pode expressar verbalmente seus sentimentos por Pedro, mas comunica-se com ele através da comida que prepara...O amor, para Tita, é quente como a água que ferve para fazer chocolate...Sua culinária é repleta de emoção, não consegui , como leitora, separá-las.  Quando prepara o bolo Chabella, para o casamento de Pedro e sua irmã, chora sobre a massa, e então os convidados quando  comem o bolo, choram recordando amores do passado, sonham o impossível, expiam remorsos...E quando faz codornas ao molho de pétalas de rosas, e todos ardem de prazer? Como água para chocolate é um romance de amor, repleto de sensualidade, de personagens que estão à ponto de ebulição, com sentimentos prestes à explodir...Um livro imperdível, com certeza.
BOLO CHABELLA

INGREDIENTES: ½ xícara de açúcar, 6 gemas, 2 ovos, 1 xícara de farinha de trigo, 1 colher de sopa de raspa de limão, ¾ de xícara de geléia de damasco.
COBERTURA: 2 xícaras de açúcar de confeiteiro, 1 colher de sobremesa de suco de limão, 2 claras
PREPARO: Na batedeira, bata os ovos, 2 gemas e o açúcar, até obter uma mistura clara. Junte as gemas restantes, a casca de limão e continue batendo. Acrescente a farinha de trigo e misture cuidadosamente. Coloque em 2 formas com 25 cm de diâmetro e asse em forno pré-aquecido. Depois de frio, recheie com a geléia de damasco e cubra com as claras batidas, bem firmes, com açúcar e raspa de limão.



CODORNAS AO MOLHO DE PÉTALAS DE ROSAS

INGREDIENTES: 6 codornas, 12 rosas vermelhas, 12 castanhas portuguesas, 3 colheres de sopa de manteiga, 2 colheres de sopa de anis, 2 colheres de sopa de mel, 2 dentes de alho, 2 gotas de essência de rosas, 3 copos de água, sal e pimenta.
PREPARO: Limpe e tempere as codornas com sal e pimenta. Amarre as pernas e doure na manteiga. Em outra panela doure o alho com o restante da manteiga. Junte o purê de castanha (depois de cozida em água e sal), o mel, as pétalas (amassadas no pilão, junto com o anis), a água e o sal. Deixe cozinhando em fogo brando. Peneire esse molho e acrescente a essência de rosas e as codornas. Decore o prato com pétalas de rosas.
Estas receitas, entre outras, estão no livro. Concordo com Tita, o estado emocional contribui com o sucesso ou fracasso de um prato...Faça o que ama, ame o que faça, aproveite o dia, seja feliz...
 
 

domingo, 9 de maio de 2010

Dia das Mães

No livro "Diário de Florença", Rainer Maria Rilke escreve  que"as mães são como os artistas. O artista busca encontrar-se a si mesmo. A mulher realiza-se na criança. E aquilo que o artista luta para arrancar de si mesmo, pedaço por pedaço, a mulher liberta do seu ventre como um mundo pleno de forças e possibilidades. Nesse momento, a mulher não chegou à meta e não pode dar a própria vida à criança. Porque é então que começa o seu caminho em direção à criança. Ao tornar-se mãe, a mulher que é artista não precisa mais criar. Ela realizou o seu objetivo, e a partir de então pode viver a arte no sentido mais profundo. Por esse motivo a mulher é tão mais rica, pois ela efetivamente alcança a realização que o artista somente atinge após um processo de amadurecimento. Eis porque ela pode representar para o Criador o papel de uma profetiza que, imbuída de seu amor, lhe descreve o esplendor da meta. O caminho da mulher sempre conduz à criança, antes da maternidade e também depois. De acordo com a concepção que tem a respeito de si própria, ela extrai a meta das profundezas do seu ser, e a coloca no centro da vida. Porque o seu trajeto está destinado a produzir a vida”.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Os delírios de consumo de Becky Bloom

Becky  Bloom  é uma jornalista que , através de sua coluna na área de finanças, dá conselhos às pessoas  de como economizar seu dinheiro, e  fazê-lo render. Mas Becky tem um “probleminha”: ela é uma compradora compulsiva, tudo o que vê é extremamente  necessário, e ela precisa ter. Paga as contas de seus cartões com outros cartões, seu saldo bancário vive no vermelho .  Becky consegue esconder  seu segredo muito  bem das pessoas, e escreve cartas engraçadas e criativas aos seus credores. Este livro de Sophie Kinsella é leve e divertido.
Becky vai à livraria para copiar a  receita de  Biryani de Camarão(ou camarão à biryani), em  uma das partes hilárias do livro.
Biryani de camarão
Ingredientes:
250 gr de arroz basmati
Óleo e sal q.b.
150 gr de manteiga
150 gr de cebola
50 gr de alho
50 gr de gengibre
1 gr de açafrão
10 gr de cardamomo
10 gr de cominhos
10 gr de coentros em pó
10 gr de canela
20 gr de pimenta preta
100 gr de tomate pelado
1 kg de camarão
1 colher de sopa de sumo de limão
Coentros frescos, amêndoa, passas, caju - facultativo
Preparação:
Leve a cozer o arroz basmati em água a ferver com sal e manteiga durante 10 minutos.
Enquanto o arroz coze ponha num outro tacho a alourar em óleo a cebola cortada em rodelas e deixe fritar até que a cebola fique amarelada. Junte alho e gengibre e deixe fritar durante 2 minutos. Em seguida junte açafrão, cominhos, coentros em pó, canela, sal e pimenta preta e mexa durante cerca de 2 minutos. Junte a este preparado 200 ml. de água a ferver e o tomate pelado triturado. Quando levantar fervura, junte o camarão descascado e deixe cozer durante 10 minutos. Junte o arroz já cozido e o sumo de limão e mexa durante 3 a 4 minutos até que a água desapareça. Enfeite com coentros frescos e sirva numa travessa.
Se quiser poderá enriquecer este prato juntando em simultâneo com o arroz, amêndoas, caju e passas.
Fonte http://pt.petitchef.com/receitas/biryani-de-camarao-fid-385339

O amigo Henrique Antunes Ferreira, nos traz uma observação: "o basmati cozinha-se em água e sal, mas sem manteiga. Esta acrescenta-se depois da cozedura"


Leia o livro, faça a receita, experimente!