" O rei dos Mangis, se passeando, ele notar duas casa vizinhas, uma maior que a outra, indaga sobre a diferença de tamanho. Se lhes disserem que a menor pertence a gente sem recursos, manda imediatamente ampliá-la, correndo as despesas por sua conta." ( As Viagens, Marco Polo)
Marco Polo ditou suas aventuras pelo Oriente, parte delas como acompanhante de seu pai e tio, que eram mercadores venezianos, parte delas como representante de Gengis Khan, a um companheiro de prisão chamado Rustichello da Pisa, autor de romances de aventuras. Imaginem a repercussão que este livro teve na época, no mundo burguês, que tinha, então a oportunidade de conhecer costumes, povos e regiões da qual nunca tinham ouvido falar. Há quem defenda a idéia de que Marco Polo não queria criar mitos ou fábulas (em Il Milione, menciona-se que o famoso viajante viu unicórnios...). Os originais não foram encontrados, e dizem que as muitas traduções tenham acrescentado informes fantásticos que não estavam na primeira narrativa de Polo.
Quando lemos este livro, percebemos o formato jornalístico da narrativa, mesmo com elementos tão imaginosos. Cristóvão Colombo levava um exemplar consigo em suas viagens; hoje em dia muitas de suas revelações são consideradas verdadeiras. Como eu gostaria de crer ser real um rei que se importava de verdade com o bem-estar de seu povo, ampliando casa dos pobres, adotando órfãos; cidades em que não existiam pobreza, todos eram prósperos...
Será verdade esta versão que chegou até nós? Fantasias? Será que as informações históricas que chegam até o nosso conhecimento são reais? Por isso, tão importante quanto a ler um livro, notícias em um jornal, na Internet , é ter uma mente aberta, olhos prontos a "ler nas entrelinhas", estar pronto pro impacto e mudanças que tais ações podem nos levar ao começarmos a discernir o que nos é narrado...
Mas, pra não dizer que só falei de alimento para as idéias, trago um trecho do livro bem interessante, que fala é claro, sobre comida:
Quando lemos este livro, percebemos o formato jornalístico da narrativa, mesmo com elementos tão imaginosos. Cristóvão Colombo levava um exemplar consigo em suas viagens; hoje em dia muitas de suas revelações são consideradas verdadeiras. Como eu gostaria de crer ser real um rei que se importava de verdade com o bem-estar de seu povo, ampliando casa dos pobres, adotando órfãos; cidades em que não existiam pobreza, todos eram prósperos...
Será verdade esta versão que chegou até nós? Fantasias? Será que as informações históricas que chegam até o nosso conhecimento são reais? Por isso, tão importante quanto a ler um livro, notícias em um jornal, na Internet , é ter uma mente aberta, olhos prontos a "ler nas entrelinhas", estar pronto pro impacto e mudanças que tais ações podem nos levar ao começarmos a discernir o que nos é narrado...
Mas, pra não dizer que só falei de alimento para as idéias, trago um trecho do livro bem interessante, que fala é claro, sobre comida:
" Não conhecem o trigo, comem arroz...Encontram-se aqui uma coisa maravilhosa: farinha de árvore. Existem árvores grandes, de casca fina, a qual encerra uma grande quantidade de farinha. Dessa farinha fazem-se alimentos de massa, muito gostosos; eu comi-os diversas vezes." ( As Viagens, Marco Polo)
Marco Polo fala talvez da região de Kampar, na Sumatra. E a farinha mencionada é o sagu, do qual faziam "una pasta" deliciosa...
Confesso que fiquei curiosa pra comer macarrão feito com farinha de sagu...Não consegui achar nenhuma receita, se alguém tiver e quiser compartilhar, ficarei feliz!
Mas, tem um doce de sagu que comi há muito tempo, delicioso, que vou compartilhar com vocês.
Sagu
Sagu:
1 xícara de (chá) de sagu
1 xícara de (chá) de açúcar (aproximadamente)
Cravos da índia (6 no máximo)
1 litro de água
500 ml de vinho tinto
1 canela em pau
Sagu:
1 xícara de (chá) de sagu
1 xícara de (chá) de açúcar (aproximadamente)
Cravos da índia (6 no máximo)
1 litro de água
500 ml de vinho tinto
1 canela em pau
Creme inglês:
1 xícara de (chá) de açúcar
Raspas de 1 fava de baunilha
500 ml de leite
6 gemas
1 xícara de (chá) de açúcar
Raspas de 1 fava de baunilha
500 ml de leite
6 gemas
Modo de preparo:
Sagu:
Junte o sagu com água fria e vá mexendo sempre até começar ferver e as bolinhas ficarem boa parte transparentes (apenas brancas no centro). Acrescentar o vinho tinto com o açúcar e ferver mais um pouco, mexendo de vez em quando para não grudar. O processo de cozimento é um pouco lento e exige paciência pois, se cozinhar pouco fica com bolinhas duras no centro, e se cozinhar demais, acaba ficando líquido. Normalmente chega no ponto certo, quando as bolinhas ficam cerca de 90% transparente. Desligar a panela, deixando um pouco na panela, mesmo desligado, o calor faz com que as poucas bolinhas que ficarem com o centro branco amoleçam. Mexer de vez em quando para que o sagu não grude no fundo da panela. Se o líquido começar a secar e o sagu ainda não estiver macio e transparente, junte um pouco mais de água fervente. Assim que o sagu estiver pronto, despeje no prato de servir, deixar esfriar e leve à geladeira.
Creme inglês:
Em uma panela funda, leve ao fogo o leite e a fava de baunilha. Enquanto isso, em uma tigela, misture com um batedor de arame as gemas e o açúcar. Assim que o leite ferver, despeje-o leite sobre as gemas e misture. Voltar o leite com as gemas ao fogo, mexendo sem parar até engrossar um pouquinho (a espuma da superfície irá desaparecer e o creme cobrirá o dorso da colher). Retirar do fogo assim que atingir o ponto, pois é fundamental não deixar ferver. Passar imediatamente pela peneira, sobre tigela limpa, e resfriar o mais rápido possível. Leve à geladeira até o momento de servir. Servir o sagu acompanhado do creme inglês.
Dicas:
Use bastante líquido para cozinhar o sagu. A consistência quente é mole, porém ao gelar o sagu fica firme. Este prato deve ser preparado com 1 dia de antecedência. Para o sagu ficar transparente e soltinho não cozinhar o sagu até ficar transparente, pois o sagu fica estufado e grudento. Tem quem prefira, quando as bolinhas brancas do sagu desaparecerem, acrescentar o açúcar e desligar. Faça a mesma receita utilizando suco de frutas (tangerina, laranja, maracujá). Pode acrescentar 1 colher de (sobremesa) de amido de milho.
Sagu:
Junte o sagu com água fria e vá mexendo sempre até começar ferver e as bolinhas ficarem boa parte transparentes (apenas brancas no centro). Acrescentar o vinho tinto com o açúcar e ferver mais um pouco, mexendo de vez em quando para não grudar. O processo de cozimento é um pouco lento e exige paciência pois, se cozinhar pouco fica com bolinhas duras no centro, e se cozinhar demais, acaba ficando líquido. Normalmente chega no ponto certo, quando as bolinhas ficam cerca de 90% transparente. Desligar a panela, deixando um pouco na panela, mesmo desligado, o calor faz com que as poucas bolinhas que ficarem com o centro branco amoleçam. Mexer de vez em quando para que o sagu não grude no fundo da panela. Se o líquido começar a secar e o sagu ainda não estiver macio e transparente, junte um pouco mais de água fervente. Assim que o sagu estiver pronto, despeje no prato de servir, deixar esfriar e leve à geladeira.
Creme inglês:
Em uma panela funda, leve ao fogo o leite e a fava de baunilha. Enquanto isso, em uma tigela, misture com um batedor de arame as gemas e o açúcar. Assim que o leite ferver, despeje-o leite sobre as gemas e misture. Voltar o leite com as gemas ao fogo, mexendo sem parar até engrossar um pouquinho (a espuma da superfície irá desaparecer e o creme cobrirá o dorso da colher). Retirar do fogo assim que atingir o ponto, pois é fundamental não deixar ferver. Passar imediatamente pela peneira, sobre tigela limpa, e resfriar o mais rápido possível. Leve à geladeira até o momento de servir. Servir o sagu acompanhado do creme inglês.
Dicas:
Use bastante líquido para cozinhar o sagu. A consistência quente é mole, porém ao gelar o sagu fica firme. Este prato deve ser preparado com 1 dia de antecedência. Para o sagu ficar transparente e soltinho não cozinhar o sagu até ficar transparente, pois o sagu fica estufado e grudento. Tem quem prefira, quando as bolinhas brancas do sagu desaparecerem, acrescentar o açúcar e desligar. Faça a mesma receita utilizando suco de frutas (tangerina, laranja, maracujá). Pode acrescentar 1 colher de (sobremesa) de amido de milho.
http://www.livrodereceitas.com/tipicas/gaucha/gauc1518.htm
Acho interessante como você transforma uma leitura numa curiosidade gastronômica....
ResponderExcluirCuriosidade gastronômica? Talvez... O que um povo come conta muito de sua história... conhecer a si mesmo e aos outros, ajuda(falo de mim), a me tornar um ser humano melhor, mais tolerante, menos beligerante... como já disse, meu sonho é colocar livros nas mãos das pessoas e pedi-las para pensar...
ResponderExcluirEspaço gostoso de se estar, esse aqui, Luli. Sempre foi. sempre te imaginei fazendo o que você faz aqui, mas num veículo maior, numa rádio ou tv.
ResponderExcluirQue bom te ver por aqui. Sempre com palavras encorajadoras, alegrando a alma.
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